Autohemoterapia fuciona?

Tratamentos alternativos 


Como poderá ver neste blog, tentei muitas coisas para escapar dos corticoides. A auto-hemoterapia se mostrou muito eficiente, para os que têm coragem de enfrentar a agulha.

 Ironicamente, eu era doadora de sangue, por isso agulhas nunca me intimidaram. Por motivos óbvios, não poderei divulgar quem fazia o tratamento para mim, pois se trata de uma técnica experimental e ainda não reconhecida: meu hematologista conhece a técnica e os estudos científicos e acadêmicos acerca do tema e não se opôs que eu a tentasse, mas não se envolveu. Apenas alertou do risco de hematomas, e da necessidade de completa assepsia no processo.

 No meu caso, eram tiradas duas seringas com 5ml de sangue venoso do braço, e aplicadas uma em cada nádega, vagarosamente, uma vez por semana. Por dez sessões, eu notava a diferença já no dia seguinte: no sábado (o dia da aplicação), meu sistema imunológico respondia com força, atacando invasores na garganta e amídalas e dando a sensação de “garganta raspando”. A sensação era parecida com o início de amigdalite, começo de gripe. Dormia, e no domingo notava que os sangramentos paravam, e as petéquias começavam a ficar com um aspecto mais desmanchado, menos nítido. Em dois dias – terça-feira – elas desapareciam, e os hematomas começavam a amarelar e sumir.

 Os benefícios são enormes, mas quem está em plena crise de queda plaquetária – redução de até 3.000 um/mm³, que já cheguei a bater – precisa repetir por até dez semanas. Ela garante uma remissão mais rápida, mas é interessante descobrir logo a causa, pois em mais de dez semanas, os músculos começam a ficar enrijecidos, pedindo descanso.

 Para quem tem curiosidade, leia a entrevista com o pioneiro na Autohemoterapia, Dr. Moura. Ele explica de forma fácil de compreender como funciona o estímulo do sistema retículoendotelial, da reação do sangue no músculo e a cura para muitos processos alérgicos, vale a pena ler.

Artigos relacionados: http://www.portalbrasil.net/reportagem_hemoterapia_entrevista.htm

Comentários

  1. Parabéns pela conquista, e pela desprendimento em compartilhar sua vivência com a Terapia. Perdi colega de trabalho, vencido por esta doença. Falei muito sobre a AH com ele, mas sua filha e genro, ambos médicos, eram radicalmente contra. Esplenectomizado, sua saúde decaiu até o derradeiro fim... Espero de coração que seu exemplo possa ser uma ajuda a outros que sofrem desta e de tantas outras doenças em que este procedimento médico secular se mostra como excelente alternativa de saúde. Conheço um diabetico, que estava ficando cego mesmo após cirurgias oculares reparadoras, que se mostraram infrutíferas. Com poucos meses de Auto-Hemoterapia, sua visão foi retornando a ponto de voltar a dirigir durante o dia... Continue mantendo seus relatos atualizados, descrevendo detalhadamente todos os efeitos da AH, sejam positivos sejam negativos, de forma que se registre na internet este sua vivência. Saúde e fique com DEUS.

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    1. @Olivares Rocha, obrigada por seu comentário e depoimento! Quando o assunto é autohemoterapia, sempre recebemos como resposta sorrisos de escárnio e comentários que envolvem palavras como 'charlatanismo', 'pseudociência' ou 'perda de tempo'. Incrivelmente, sempre partem de pessoas que nunca se depararam com o desespero de estar doente, ou ver um ente amado sofrendo.

      A PTI não é um doença considerada grave, mas seus efeitos são devastadores devido às grandes perdas sanguíneas, e para piorar, ela não é totalmente compreendida pelos médicos - para tanto, é fundamental que quem compartilha desse mal compartilhe também o máximo de informação sobre como se pode conviver com ela da melhor forma possível.

      Para mim, independente de julgamentos, a AH foi bastante benéfica. Obrigada por comentar, e fique à vontade para compartilhar quaisquer informações que julgar úteis. Um abraço!

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